quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Nota do PT sobre a Ação Penal 470‏.

Leia o documento aprovado nesta quarta-feira durante reunião da Comissão Executiva Nacional do PT, em São Paulo


Rui Falcão (D), presidente nacional do PT,junto com o secretário de Comunicação, André Vargas (PT-PR) - Foto: Luciana Santos/PTO


PT, amparado no princípio da liberdade de expressão, critica e torna pública sua discordância da decisão do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento da Ação Penal 470, condenou e imputou penas desproporcionais a alguns de seus filiados.
 
 
1. O STF não garantiu o amplo direito de defesa
 
 
O STF negou aos réus que não tinham direito ao foro especial a possibilidade de recorrer a instâncias inferiores da Justiça. Suprimiu-lhes, portanto, a plenitude do direito de defesa, que é um direito fundamental da cidadania internacionalmente consagrado.
 
A Constituição estabelece, no artigo 102, que apenas o presidente, o vice-presidente da República, os membros do Congresso Nacional, os próprios ministros do STF e o Procurador Geral da República podem ser processados e julgados exclusivamente pela Suprema Corte. E, também, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os ministros de Estado, os comandantes das três Armas, os membros dos Tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática em caráter permanente.
 
Foi por esta razão que o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, logo no início do julgamento, pediu o desmembramento do processo. O que foi negado pelo STF, muito embora tenha decidido em sentido contrário no caso do “mensalão do PSDB” de Minas Gerais.
 
Ou seja: dois pesos, duas medidas; situações idênticas tratadas desigualmente.
 
 
Vale lembrar, finalmente, que em quatro ocasiões recentes, o STF votou pelo desmembramento de processos, para que pessoas sem foro privilegiado fossem julgadas pela primeira instância – todas elas posteriores à decisão de julgar a Ação Penal 470 de uma só vez.
 
Por isso mesmo, o PT considera legítimo e coerente, do ponto de vista legal, que os réus agora condenados pelo STF recorram a todos os meios jurídicos para se defenderem.
 
 
2. O STF deu valor de prova a indícios
 
 
Parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo. O julgamento não foi isento, de acordo com os autos e à luz das provas. Ao contrário, foi influenciado por um discurso paralelo e desenvolveu-se de forma “pouco ortodoxa” (segundo as palavras de um ministro do STF). Houve flexibilização do uso de provas, transferência do ônus da prova aos réus, presunções, ilações, deduções, inferências e a transformação de indícios em provas.
 
À falta de elementos objetivos na denúncia, deducões, ilações e conjecturas preencheram as lacunas probatórias – fato grave sobretudo quando se trata de ação penal, que pode condenar pessoas à privação de liberdade. Como se sabe, indícios apontam simplesmente possibilidades, nunca certezas capazes de fundamentar o livre convencimento motivado do julgador. Indícios nada mais são que sugestões, nunca evidências ou provas cabais.
 
Cabe à acusação apresentar, para se desincumbir de seu ônus processual, provas do que alega e, assim, obter a condenação de quem quer que seja. No caso em questão, imputou-se aos réus a obrigação de provar sua inocência ou comprovar álibis em sua defesa—papel que competiria ao acusador. A Suprema Corte inverteu, portanto, o ônus da prova.
 
 
3. O domínio funcional do fato não dispensa provas
 
 
O STF deu estatuto legal a uma teoria nascida na Alemanha nazista, em 1939, atualizada em 1963 em plena Guerra Fria e considerada superada por diversos juristas. Segundo esta doutrina, considera-se autor não apenas quem executa um crime, mas quem tem ou poderia ter, devido a sua função, capacidade de decisão sobre sua realização. Isto é, a improbabilidade de desconhecimento do crime seria suficiente para a condenação.
 
Ao lançarem mão da teoria do domínio funcional do fato, os ministros inferiram que o ex-ministro José Dirceu, pela posição de influência que ocupava, poderia ser condenado, mesmo sem provarem que participou diretamente dos fatos apontados como crimes. Ou que, tendo conhecimento deles, não agiu (ou omitiu-se) para evitar que se consumassem. Expressão-síntese da doutrina foi verbalizada pelo presidente do STF, quando indagou não se o réu tinha conhecimento dos fatos, mas se o réu “tinha como não saber”...
 
Ao admitir o ato de ofício presumido e adotar a teoria do direito do fato como responsabilidade objetiva, o STF cria um precedente perigoso: o de alguém ser condenado pelo que é, e não pelo que teria feito.
 
Trata-se de uma interpretação da lei moldada unicamente para atender a conveniência de condenar pessoas específicas e, indiretamente, atingir o partido a que estão vinculadas.
 
 
4. O risco da insegurança jurídica
 
 
As decisões do STF, em muitos pontos, prenunciam o fim do garantismo, o rebaixamento do direito de defesa, do avanço da noção de presunção de culpa em vez de inocência. E, ao inovar que a lavagem de dinheiro independe de crime antecedente, bem como ao concluir que houve compra de votos de parlamentares, o STF instaurou um clima de insegurança jurídica no País.
 
Pairam dúvidas se o novo paradigma se repetirá em outros julgamentos, ou, ainda, se os juízes de primeira instância e os tribunais seguirão a mesma trilha da Suprema Corte.
 
Doravante, juízes inescrupulosos, ou vinculados a interesses de qualquer espécie nas comarcas em que atuam poderão valer-se de provas indiciárias ou da teoria do domínio do fato para condenar desafetos ou inimigos políticos de caciques partidários locais.
 
Quanto à suposta compra de votos, cuja mácula comprometeria até mesmo emendas constitucionais, como as das reformas tributária e previdenciária, já estão em andamento ações diretas de inconstitucionalidade, movidas por sindicatos e pessoas físicas, com o intuito de fulminar as ditas mudanças na Carta Magna.
 
Ao instaurar-se a insegurança jurídica, não perdem apenas os que foram injustiçados no curso da Ação Penal 470. Perde a sociedade, que fica exposta a casuísmos e decisões de ocasião. Perde, enfim, o próprio Estado Democrático de Direito.
 
 
5. O STF fez um julgamento político
 
 
Sob intensa pressão da mídia conservadora—cujos veículos cumprem um papel de oposição ao governo e propagam a repulsa de uma certa elite ao PT - ministros do STF confirmaram condenações anunciadas, anteciparam votos à imprensa, pronunciaram-se fora dos autos e, por fim, imiscuiram-se em áreas reservadas ao Legislativo e ao Executivo, ferindo assim a independência entre os poderes.
 
Único dos poderes da República cujos integrantes independem do voto popular e detêm mandato vitalício até completarem 70 anos, o Supremo Tribunal Federal - assim como os demais poderes e todos os tribunais daqui e do exterior - faz política. E o fez, claramente, ao julgar a Ação Penal 470.
 
Fez política ao definir o calendário convenientemente coincidente com as eleições. Fez política ao recusar o desmembramento da ação e ao escolher a teoria do domínio do fato para compensar a escassez de provas.
 
Contrariamente a sua natureza, de corte constitucional contra-majoritária, o STF, ao deixar-se contaminar pela pressão de certos meios de comunicação e sem distanciar-se do processo político eleitoral, não assegurou-se a necessária isenção que deveria pautar seus julgamentos.
 
No STF, venceram as posições políticas ideológicas, muito bem representadas pela mídia conservadora neste episódio: a maioria dos ministros transformou delitos eleitorais em delitos de Estado (desvio de dinheiro público e compra de votos).
 
Embora realizado nos marcos do Estado Democrático de Direito sob o qual vivemos, o julgamento, nitidamente político, desrespeitou garantias constitucionais para retratar processos de corrupção à revelia de provas, condenar os réus e tentar criminalizar o PT. Assim orientado, o julgamento convergiu para produzir dois resultados: condenar os réus, em vários casos sem que houvesse provas nos autos, mas, principalmente, condenar alguns pela “compra de votos” para, desta forma, tentar criminalizar o PT.
 
Dezenas de testemunhas juramentadas acabaram simplesmente desprezadas. Inúmeras contraprovas não foram sequer objeto de análise. E inúmeras jurisprudências terminaram alteradas para servir aos objetivos da condenação.
 
Alguns ministros procuraram adequar a realidade à denúncia do Procurador Geral, supostamente por ouvir o chamado clamor da opinião pública, muito embora ele só se fizesse presente na mídia de direita, menos preocupada com a moralidade pública do que em tentar manchar a imagem histórica do governo Lula, como se quisesse matá-lo politicamente. O procurador não escondeu seu viés de parcialidade ao afirmar que seria positivo se o julgamento interferisse no resultado das eleições.
 
A luta pela Justiça continua
 
 
O PT envidará todos os esforços para que a partidarização do Judiciário, evidente no julgamento da Ação Penal 470, seja contida. Erros e ilegalidades que tenham sido cometidos por filiados do partido no âmbito de um sistema eleitoral inconsistente - que o PT luta para transformar através do projeto de reforma política em tramitação no Congresso Nacional - não justificam que o poder político da toga suplante a força da lei e dos poderes que emanam do povo.
 
Na trajetória do PT, que nasceu lutando pela democracia no Brasil, muitos foram os obstáculos que tivemos de transpor até nos convertermos no partido de maior preferência dos brasileiros. No partido que elegeu um operário duas vezes presidente da República e a primeira mulher como suprema mandatária. Ambos, Lula e Dilma, gozam de ampla aprovação em todos os setores da sociedade, pelas profundas transformações que têm promovido, principalmente nas condições de vida dos mais pobres.
 
A despeito das campanhas de ódio e preconceito, Lula e Dilma elevaram o Brasil a um novo estágio: 28 milhões de pessoas deixaram a miséria extrema e 40 milhões ascenderam socialmente.
 
Abriram-se novas oportunidades para todos, o Brasil tornou-se a 6 economia do mundo e é respeitado internacionalmente, nada mais devendo a ninguém.
 
 
Tanto quanto fizemos antes do início do julgamento, o PT reafirma sua convicção de que não houve compra de votos no Congresso Nacional, nem tampouco o pagamento de mesada a parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve, da parte de petistas denunciados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e pessoal.
 
Ao mesmo tempo, reiteramos as resoluções de nosso Congresso Nacional, acerca de erros políticos cometidos coletiva ou individualmente.
 
 
É com esta postura equilibrada e serena que o PT não se deixa intimidar pelos que clamam pelo linchamento moral de companheiros injustamente condenados. Nosso partido terá forças para vencer mais este desafio. Continuaremos a lutar por uma profunda reforma do sistema político - o que inclui o financiamento público das campanhas eleitorais - e pela maior democratização do Estado, o que envolve constante disputa popular contra arbitrariedades como as perpetradas no julgamento da Ação Penal 470, em relação às quais não pouparemos esforços para que sejam revistas e corrigidas.
 
Conclamamos nossa militância a mobilizar-se em defesa do PT e de nossas bandeiras; a tornar o partido cada vez mais democrático e vinculado às lutas sociais. Um partido cada vez mais comprometido com as transformações em favor da igualdade e da liberdade.
 
 
São Paulo, 14 de novembro de 2012.
 
 
Comissão Executiva Nacional do PT.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Afinal, de que Progresso estamos falando?


Postagem sugerida pelo Professor e companheiro Alexandre Rusciolelli
Texto produzido por: Eduardo A. Estevam – Doutorando em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, professor licenciado da rede municipal de ensino de Itabuna.


A história recente do sul da Bahia vem apresentando alguns dilemas no campo político e econômico (Porto Sul, demarcação de terras, entre outras querelas) passível de interpretação de historiadores. A principal tônica dos discursos políticos e empresarias, assim como do cidadão comum, situa-se na superação do atual estado das condições econômicas e sociais, para tanto somente a figura teleológica do Progresso poderá redimir esses sujeitos do estado em que se encontram. Problemas sociais de uma coletividade são complexos e jamais serão “resolvidos” apenas com planejamento. Hoje em dia a concepção de Progresso do discurso liberal e empreendedor é endossado acriticamente até mesmo pelos partidos de esquerda. 

O mito do progresso se apoia numa concepção de tempo historicista, um tempo cronológico e linear, um tempo único e homogêneo para todas as formas de organizações sócio-econômicas. Desta forma despreza-se ou silencia-se a respeito das mais variadas experiências históricas concretas de atividades econômicas e que, por vezes, os valores morais prepondera sobre as formas monetárias de produção e circulação de bens e serviços. Não podemos conceber que pequenos produtores rurais (agricultura familiar), comunidades quilombolas e indígenas tenham vivenciado o mesmo ritmo ou concepção de progresso presente no ideário hegemônico capitalista burguês. As diferenças fundamentais não residem no quanto determinada comunidade ou setor produz e gera empregos, mas sim em seus modos de vida, valores e concepções de trabalho. Daí falarmos em temporalidades, em diferentes formas de organização e produção social, em múltiplas formas de desenvolvimento. Esses grupos sociais numa sociedade marcada pelo conflito agrário, luta de classes e relações de poder, vivem em meio a temporalidades disjuntivas. 

O capitalismo progressista sempre procurou aniquilar as diferenças, destruir as identidades econômicas locais, interconectando espaços e homogeneizando a produção para acumulação de capital. A máxima “tempo é dinheiro” marca o triunfo do discurso capitalista sobre as diferentes concepções temporais de desenvolvimento. É inconcebível para os homens de negócios do capital pensar que para algumas comunidades rurais as plantas e os animais pertencem ao universo socioeconômico e estão submetidos à mesma regra que os humanos. Os desastres ambientais têm demonstrado por demais que não há um mundo separado de nós. 

Repensar por meio de novas formas de linguagem de desenvolvimento sem subordinar e hierarquizar as experiências singulares de produção e desenvolvimento é uma tarefa primária da agenda política que visa à transformação social. Os lugares  estão historicamente numa relação dialética e interdependente com a economia global, mas não podem ser sucumbidas por meio de discursos de que são “tradicionalistas” ou que não possuem “tecnologias adequadas”. Os territórios, os lugares, não são meros receptores passivos de políticas verticais, apesar de não possuírem força política efetiva, apresentam-se como “modelos” alternativos de vida e sociedade, não marcados pela c

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O PT de Una parabeniza o companheiro e Professor Gilberto Lisboa pela aprovação no exame da OAB


É com muito orgulho e satisfação que nós do Partido dos Trabalhadores prestamos essa homenagem ao nosso companheiro de lutas de sempre e para todas as horas, o amigo Professor Gilberto, agora também o Advogado de fato, Doutor Gilberto Lisboa. Nosso companheiro conseguiu hoje o resultado do seu exame na prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e agora agrega ainda mais competência ao seu currículo.

O sucesso lhe é merecido professor, afinal não foi do dia para noite que o senhor conseguiu essa vitória, seu choro hoje foi a recompensa de muito trabalho e dedicação que o senhor teve durante esse tempo que o senhor se preparou e estudou bastante para conseguir alcançar seus objetivos. 


O Professor Gilberto (em pé brindando uma platéia com sua fala repleta de conhecimento), sentado ao lado direito dele o também companheiro e atual vice-prefeito eleito de Una, Nildo Som. Os dois estavam participando de um encontro com alguns comerciantes, evento esse de campanha em setembro.

O Professor Gilberto Lisboa, um homem íntegro, de humildade e inteligência ímpar merece toda a nossa consideração e com certeza mereceu e muito essa felicidade, hoje foi um dia muito especial para o professor, sua família e todos os amigos, que o encheram de carinho e alegria ao cumprimentá-lo e felicitá-lo por mais essa conquista.

Parabéns Professor Gilberto Lisboa. Parabéns companheiro.



sábado, 3 de novembro de 2012

Eleições 2012: PT conquista 635 prefeituras em todo o País


Partido aumentou 14% o número de cidades governadas em relação à eleição de 2008

A Secretaria Nacional de Organização divulgou o balanço dos resultados do PT nas eleições municipais de 2012.

O PT conquistou 635 prefeituras nos dois turnos da votação e manteve o seu crescimento constante. De acordo com o levantamento, em comparação às eleições de 2008 o Partido ampliou em 14%  o número de prefeituras.


O PT recebeu 17.264.643 votos para prefeito, que é a maior votação de um partido nas eleições deste ano.

Entre as cidades com mais de 150 mil eleitores, o PT venceu em 21 cidades, sendo quatro capitais (São Paulo, Goiânia, João Pessoa e Rio Branco). Nestas 21 cidades estão hoje 16,1 milhões de eleitores.

De acordo com a SORG, o Partido manteve a sua força nos grandes centros e aumenta a sua capacidade ao eleger mais prefeitos e prefeitas nos pequenos e médios municípios. Foram eleitos 264 prefeituras em cidades de 10 a 50 mil eleitores e 298 em cidades de até 10 mil eleitores.

Vejam abaixo as fotos com o Resumo total do PT a nível nacional após as eleições 2012:



























Modo petista de governar é referência para a ONU



Alfredo Saad Filho, economista da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), afirmou que o Brasil é hoje uma referência mundial para políticas de desenvolvimento econômico.


Desde que tomou posse em janeiro de 2003, uma das primeiras ações adotadas pelo presidente Lula foi criar o programa Fome Zero, cuja finalidade era levar uma alimentação digna para milhares de bra
sileiros que sobreviviam com pelos menos uma refeição diária. O programa avançou e dele foi originado o programa Bolsa Família, garantindo uma renda para as famílias com filhos menores de idade e matriculados nas escolas. Ao longo desse período, ao abolir o modelo anterior de concentração e transferência da riqueza para um seleto grupo de rentistas, o governo Lula promoveu uma inflexão no modelo econômico que privilegiasse o crescimento sustentável com a inclusão social.


O olhar para a inclusão social e a geração de empregos de 2003 até agora significaram a entrada na sociedade de consumo de mais de 40 milhões de brasileiros que ascenderam de classe social. Saíram das classes E e D para a classe C. Essa política de olhar para o mercado interno, para atender esse contingente de brasileiros que conquistaram uma renda para adquirir bens para suas residências – inclusive a casa própria –, fez toda a diferença em 2008 na pior crise financeira mundial 70 anos depois do crash da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, que praticamente quebrou o mundo. Lá atrás, brasileiros ricos amanheceram pobres.




Mas isso não se repetiu em 2008. O Brasil apostou na pujança de seu mercado interno e isso garantiu que o País fosse um dos últimos a entrar na crise e o primeiro a sair. Ao criar condições para a economia continuar andando em plena crise financeira global – mais oferta de crédito, redução de impostos e manutenção dos benefícios sociais, sem comprometer o rigor fiscal das contas públicas -, o ex-presidente brasileiro taxou a crise de uma “marolinha” e ele estava certo, embora a oposição dizia estar certa e por isso recomendava cortes de benefícios fiscais, restrição do crédito e aumento dos juros para enfrentar a crise.


O remédio brasileiro foi outro, ou seja, a opção não foi pelo “mercado” mas, sim, pelos brasileiros de carne e osso que continuaram tendo sucessivas melhoras na renda familiar e mais oportunidades, principalmente aquelas relacionadas às políticas inclusivas. Apesar das críticas da oposição, a política de inflexão econômica iniciada por Lula e mantida pela presidenta Dilma acaba de receber um dos maiores reconhecimentos da história econômica mundial.

Na manhã desta quarta-feira (12) ninguém menos do que Alfredo Saad Filho, economista da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), afirmou que o Brasil é hoje uma referência mundial para políticas de desenvolvimento econômico. Saad fez essa declaração durante o lançamento do Relatório de Comércio e Desenvolvimento 2012 que mapeou as tendências econômicas e os problemas financeiros atuais de praticamente todas as nações do planeta.




A boa performance das nações emergentes no período de 2006 a 2012 sustentou a demanda doméstica e embora um país sozinho não pudesse assegurar a evolução econômica global, 74% do crescimento foi gerado pelos países em desenvolvimento, daí a UNCTAD observar que a solução apropriada para os países desenvolvidos é seguir esse modelo se realmente querem sair da crise. A entidade ligada ao Sistema ONU – Organização das Nações Unidas - recomenda que a receita adotada pelo Brasil de sustentar a demanda interna é um antídoto à política de contenção do consumo verificado em países da zona do Euro. Saad destacou que a Zona do Euro tem o pior rendimento dentre os países desenvolvidos, e as recessões europeia e norte-americana estão fundamentadas na deterioração da renda. Esses países, disse Saad, preferiram exportar fatias da produção nacional para economias emergentes e grande parte dos lucros foram direcionados ao pagamento de dividendos, acarretando em lucros individuais e, consequentemente, concentração de renda.


“Nos últimos dez anos ou um pouco mais que isso, o Brasil tem servido de referência para políticas sociais, e, mais que isso, para políticas macroeconômicas. Não só as fontes de crescimento, mas as fontes de inspiração de política econômica têm se diversificado também”, declarou Saad. Sem meias palavras, o economista da UNCTAD dá a receita aos países desenvolvidos que realmente querem sair da crise: para retomar o crescimento, os países desenvolvidos devem investir no mercado doméstico, principal fonte de demanda.

O economista disse que em alguns países, como a Alemanha, a política de enfrentamento da crise na Zona do Euro baseada em políticas de austeridade sobre o setor público prejudica o crescimento no mundo. “Os países em desenvolvimento não descolaram dos demais, eles precisam dos países desenvolvidos, e a falta de dinamismo nestes países preocupa a todo o mundo”, avaliou.



Saad classificou a crise atual como “a causadora de um problema grave acumulativo no sistema financeiro internacional, que se contrai e não fornece crédito para a produção e o consumo - e uma crise de falta de demanda, causada pelo aumento da desigualdade e pela perda cumulativa de salários reais nos últimos 30 anos é o grande problema”.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Convite da Reunião Geral dia 25/10/2012

Companheiros e companheiras, a Direção do Partido dos Trabalhadores, se reuniu na última terça-feira dia 16/10, e deliberou sobre essa nova reunião com todos os filiados para o dia 25/10. Na mesma iremos tratar de assuntos diversos sobre o atual momento do nosso partido e sobre o pleito eleitoral que passou.

Não faltem a essa reunião, sua presença é muito importante. Fiquem abaixo com o convite oficial para a internet:



domingo, 14 de outubro de 2012

PT elege 67 mulheres prefeitas o que representa 12% do total


Em 1932 as mulheres conquistam o direito de votar no Brasil, mas só em 2010 uma mulher chega à presidência da República. Nestas eleições a quantidade de mulheres que conseguiram conquistar cargos eletivos é surpreendente. Em 2013 um total de 663 mulheres vão assumir prefeituras, 67 são do PT, representando cerca de 12% dos prefeitos eleitos em todo país.

Segundo a deputada Benedita da Silva é necessário que as mulheres continuem trabalhando pela paridade e que o resultado nestas eleições representa um enriquecimento dos debates sobre as necessidades dos municípios.

“Gostaríamos que tivesse mais mulheres. Nós começamos a ocupar o nosso lugar, que é também na política. Os debates estão cada vez mais enriquecidos e acompanhando todo esse processo onde as mulheres estão mostrando muita competência, que tem domínio das políticas públicas com todos os recortes necessários”, afirmou Benedita da Silva ao mesmo tempo que destacou que as mulheres tem sido influenciadas pela conduta reta e habilidade de governar da presidenta Dilma Rousseff.



O PT é histórico por valorizar as mulheres.

Eleições 2012: PT cresce e vence em 624 prefeituras em todo o País

Fonte: Site oficial do Partido dos Trabalhadores

Partido disputa ainda 22 cidades, entre capitais e municípios que tem o segundo turno



Um dia após a eleição municipal em todo o País, a Secretaria Nacional de Organização do PT divulgou um balanço com o resumo da situação eleitoral do Partido. Até o momento, o PT conquistou um total de 624 prefeituras e mantem o crescimento constante desde 1982, quando disputou as eleições municipais pela primeira vez.

Em relação a 2008, o PT aumentou em 12% o número de prefeituras e há ainda 22 candidatos petistas que irão disputar o segundo turno em capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores. O Partido ganhou 13 prefeituras no universo que compreende as cidades com mais de 150 mil eleitores.
Segundo o levantamento da SORG, mais da metade dos prefeitos eleitos em 2008 que concorriam à reeleição conseguiram um novo mandato. O PT reelegeu 154 dos 285 atuais prefeitos, ou seja 54% do total.

O PT dobrou o número de prefeituras no estado do Ceará e Minas Gerais continua como o estado com o maior número de prefeituras, com 114 prefeitos petistas eleitos. E na Bahia, o PT passou de 66 para 92 prefeituras.



Agradecimentos do PT ao povo de Una


                                                      
                                                           Agradecimentos     

    Amigos e amigas de Una, o PT de Una, parabeniza a todos pela celebração da democracia e agradece o voto de confiança na mudança com a eleição da nossa Prefeita Diane e o nosso companheiro e vice-prefeito Nildo Som, juntamente com os nossos vereadores Matcha-Matcha e Professor Jorge

      Os resultados confirmaram o crescimento do nosso partido em Una, fato que  vem acontecendo no Brasil e na Bahia há anos. Isso nos honra e nos enche de alegria e confiança na força do nosso povo.

       Reafirmamos aqui o nosso compromisso de construirmos juntos uma cidade cada vez melhor para todos.


sábado, 13 de outubro de 2012

Raio-X do Resultado da Eleição 2012 em Una


 Raio-x dos resultados das Eleições 2012 em Una, feito por nosso companheiro Di Rusciolelli: 

Resultado da votação para Prefeito(a)



Resultado da votação para Vereador(a)







Votação pra vereador na relação de quantidade de candidatos na proporção dos eleitos

Quocientes eleitoral e partidário


Votos por partido



Faixa etária dos candidatos a prefeito(a)


Dados dos eleitores

Quadro do comparecimento


Estado civil do eleitor Unense


Faixa etária do eleitor Unense


Grau de Instrução do eleitor Unense


Gênero do eleitor Unense


Domingo 07 de Outubro de 2012 - O dia em que a esperança venceu o medo e o poder do dinheiro


Depoimento retirado do Blog Atitude em Una, do nosso companheiro Di Rusciolelli

Amigos e amigas, todos vocês são cientes de que esse blogueiro que vos fala foi um dos principais militantes  da família 55, que se elegeu no domingo passado. Todos viram o quanto me empenhei, o quanto dei o meu sangue para que todo esse projeto desse certo. Cheguei a cuidar mais da campanha majoritária do que da minha própria campanha. E também quero agradecer a oportunidade e agradecer mais uma vez as 81 pessoas e amigos que acreditaram em mim.


Mas não é para isso que estou fazendo essa postagem. O que quero aqui e dizer sobre o que foi esse dia da mudança.

Olha pessoal eu tinha certeza, mas certeza de que essa vitória era da família 55, não tinha certeza só por que  as pesquisas desde julho no momento em que houve a junção do PSD, PT, PR e PRB, indicavam que Diane e Nildo e toda a família 55 lideravam todas as pesquisas. Eu tinha certeza por que eu ia a campo, eu fui na zona rural, eu vi o sentimento de mudança na cara do povo e a revolta por todos esses anos de esquecimento e abandono de todos.


Nunca nessa campanha a direção da nossa campanha mentiu para os seus, muito diferente das demais coordenações, em todos os momentos os outros mentiram para seus "soldados" enganando os mesmos com falsas pesquisas, com o poder do dinheiro ou da tentativa de convencimento através do sorriso amigo.
Disseram no facebook que não esperávamos essa vitória. Engano de quem falou, todos tinham certeza da mesma. Todos até os adversários. A coordenação, ou os candidatos, sabiam que Diane estava muito a frente nas pesquisas, e que seria difícil fazendo campanha, reverter o quadro. Tentaram a todo custo, mas não conseguiram. Usaram de estratégias baixas, com panfletos agredindo toda família da nossa candidata e a moral dos que a cercam. Enquanto isso dávamos era a cara para bater.

Confesso a vocês que no glorioso dia 07 de outubro, quando deu umas 10:00 da manhã comecei a me assustar ao ver o tamanho da boca de urna que o grupo do atual prefeito estava fazendo e com a enorme quantidade de adesivos que os dois grupos saíram distribuindo. Falei com vários integrantes do grupo 12, que tínhamos que agir, pois não podíamos deixar o poder do dinheiro prevalecer frente a vontade do povo.







Mas graças a Deus o povo seguiu o conselho de uma de nossas integrantes de família 55. Pegou o dinheiro, colocou no bolso e votou no 55.

A vitória da empresária e mulher Diane Brito Rusciolelli, foi a resposta dos oprimidos, foi a revolta dos esquecidos e o voto silencioso. Essa vitória não se deu por revolta a um determinado candidato, se deu pelo fato da população dizer basta as velhas políticas perpetuadas em nossa cidade. Essa vitória se deu por que o povo cansou de sofre, cansou de ver pessoas de fora mandando, cansou de ver pessoas concursadas em uma área ganhando rios de dinheiro em outras. E sobretudo cansou da perseguição  Una estava e está (prova disso é o número em massa de pessoas demitidas desde segunda-feira da 08/10) cansada da perseguição. A maioria dos comerciantes apoiaram a campanha do 55 e votaram a favor, escondidos, sem mostrar as caras, com medo da perseguição. Assim como os funcionários públicos também.

Não foi apenas a vitória de um grupo político, foi a vitória do povo. Foi feita vontade primeiro de Deus, e depois do povo. Pois o povo foi em silêncio votar na família 55 e dizer não há mais 4 anos de atraso e perseguições.

Lembrem dessa data povo de Una, afinal foi o dia em que vocês escolheram a mudança, não só na prefeitura, mas na Câmara também, afinal todo o dinheiro despejado pelos candidatos a vereadores também não foram correspondidos. Teve candidato a vereador, que durante a semana recebeu rios de dinheiro pra fazer boca de urna. 

Una vai sorrir de novo. Tenho certeza disso.

Obrigado Una! Vencemos os coronéis da nossa política, um grupo pequeno, com muitas pessoas ainda virgens em políticas, venceu os desorganizados políticos que sempre fizeram da política unense e da própria cidade essa baderna que aí está.